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Kuleba acusa NATO de "não fazer nada" para ajudar a Ucrânia
Notícias
Publicado em 25/05/2022

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, acusou a NATO de "não fazer literalmente nada" no que toca a invasão russa da Ucrânia, ao mesmo tempo que elogiou a União Europeia (UE) pelas suas decisões "revolucionárias" quanto ao apoio a Kyiv.

"A NATO, como aliança, como instituição, está completamente à margem e não faz literalmente nada. Lamento dizer isso", acusou o responsável, que no Fórum Económico Internacional, em Davos, citado pela AFP.

Elogiou, contudo, Bruxelas pelas suas "decisões revolucionárias e inovadoras, que nem [os 27 Estados-membros] esperavam tomar".

Kuleba salientou ainda que, no início do conflito, "havia uma crença generalizada de que a NATO era a força e a UE só era capaz de expressar vários níveis diferentes de preocupação". Ainda assim, "a guerra é sempre um teste que [nos] desmascara", lançou.

O ministro apontou, no entanto, que alguns dos membros da NATO estão, de facto, a "prestar assistência à Ucrânia".

Apesar das várias críticas, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reconheceu, ainda em março, que a Ucrânia não poderá integrar a NATO, uma das exigências da Rússia para terminar a guerra, considerando que os ucranianos estão a tomar consciência dessa impossibilidade.

O chefe de estado advertiu, na segunda-feira, que os Estados Unidos e todos os membros da NATO serão arrastados para uma guerra, caso a Rússia conquiste a Ucrânia e avance para outros países, apelando a "sanções máximas" contra Moscovo.

A invasão russa da Ucrânia - justificada por Putin pela necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar aquele para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores.

Esta quarta-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou que 3.974 civis morreram e 4.654 ficaram feridos no conflito, que entrou no seu 91.º dia. Ainda assim, o organismo sublinhou que os números reais poderão ser muito superiores, e que só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora palco de intensos combates.

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